Quem sou eu?

Duas almas num só corpo: uma que sente e outra que pondera, num debate infindável (e agradável) sobre a matéria, o dito corpo, que executa. Quem ganha? Ela. Sempre ela. Dá sempre um jeito de conseguir o que quer. “Eu tenho sorte”, diz ela.

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Egocêntrica e egoísta crítica, ela sente-se o sol e sente-se mal se não tratada como tal. Pseudointelectual, é dada a divagações e a observações do comportamento humano. Esperta, não faz a linha “bonita e inteligente”, faz a linha “inteligente e bonita”.

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Incontrolável, irritante, colérica e estupidamente dramática. Pura graça! Pura manha! E ela ri! Fala pouco e vai sempre à luta pelo que quer, caso isso seja realmente o que ela quer. “Ela não é daquelas que sofre, que sofre por amor. Também não é do tipo que morre por, no máximo de amor”, foi ele quem falou. E ela sofreu. E é por ele que ela sempre chama quando tem algum problema ou está mal (ei, rapaz, ela está precisando de você, ouviu!? não demore!!). E ele sempre vem. Ela, por si só, já é um grande problema. Enorme. O seu maior.

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Segura e confiante, ela não dá condição. Não tem condição!! Incrivelmente instável, oscila sempre entre o sim, o não e o depende. Mas eles não entendem. Como não entendem!? Antigamente, persuasiva por gosto; hoje, chantagista por preguiça. “Poupa tempo e chega ao mesmo fim.” E, olha, não concorde com ela sem apresentar argumentos. Pega mal! Ela adora o “concordo, mas também...” Discorde. Discorde sempre. Extremamente sincera, ela não sabe mentir, mas mente bem. Não!!! Ela não mente!! Ela treme e fica com tubarões na cabeça, coração e alma também. Ingênua.

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Pra terminar, um trecho de uma música que ela sempre canta de uma cantora que ela sempre ouve (mas se é sempre, não acontece com ela): “Olha a minha cara, É só mistério, não tem segredo. Vem cá! Não tenha medo! A água é potável, daqui você pode beber. Só não se perca ao entrar no meu infinito particular.” Ahh! Ela anda por aí. Flanando, sorrindo e cantando. “Perigando”. Quando vê-la, pisque o olho e bata palmas. Mande também lembranças minhas, ok!?